24 maio 2011

Carta aberta enviada a Torre de Controle de Palmas-TO em 2008
INFRAERO - Sindicância 003/SEDE/2010

Enviado em
22/09/2008 16:50
Carta aberta à TWR-APP/PJ

Caros colegas da TWR-APP/PJ,

Esta carta também foi enviada para o Roberto, Gilberto e o Mauro.

Passei por uma intervenção cirúrgica simples na semana passada e na próxima quinta-feira farei mais uma, desta vez com anestesia geral. Há algum tempo venho tentando criar coragem para escrever à vocês. Conhecedor dos riscos que estarei submetido na próxima cirurgia, decidi ser este o momento.

Como é do conhecimento de vocês, tenho o Tráfego Aéreo como causa e diante dos últimos acontecimentos em SBPJ não posso me calar, pois não serei complacente e muito menos cúmplice do processo de execração, humilhação e assédio reinante há anos neste órgão de Controle de Tráfego Aéreo.

O caso do Rodrigo foi o primeiro a me chamar a atenção. O caso do Adriano me assustou. Ele teve que assinar um relatório que não foi redigido por ele e que não estava de acordo com o conteúdo, pois todos os relatórios apresentados não foram aceitos.

Sempre achei idiota a frase que muitos da TWR-APP/PJ citam, muitas vezes com o peito estufado: "Palmas é um berço formador de Controladores de Tráfego Aéreo". Esta frase pode não ser idiota quando temos Palmas como única, exclusiva, referência, mas tendo outras referências Palmas não passa de um lugar, não um berço, deformador de Controladores de Tráfego Aéreo, pois não somos avaliados por nossa condição técnica, mas sim se não questionamos e se caímos no gosto do instrutor(a) e/ou avaliador(a).

O caso recente envolvendo a Valeska, Patrícia, Leonardo e a Ana Cláudia está num rumo de encontro a erros, frustrando e deixando traumas numa pessoa recém formada e também nos outros que com certeza sabem que podem vir a ser o(a) próximo(a), diante a condução dada ao caso.

Um dia conversando com a Tatiane, num certo momento ela se irritou e disse: "Eu não entendo por que você defende tanto estas meninas!". Isto não é verdade, o que eu defendo é uma causa.

Estávamos discutindo sobre a admissão ou não da Natalia pois ela questionou atitudes do Médico do Trabalho e ele se ofendeu e ligou para o RH falando mundos e fundos. Não aceitei os ordenamentos da Tatiane e fui averiguar o que tinha ocorrido, assim eu estaria cumprindo atribuições do cargo que eu exercia. Em nenhum momento o médico formalizou suas denúncias mostrando com isto falta de fundamentos. Era somente dor de cotovelos. Por que eu daria ouvidos a um indivíduo prestador de serviços preterindo um(a) colega de trabalho? Natalia está aí firme e forte, cada dia melhor!

O CTA que não tem atitude, atitude nem mesmo de questionar, está fadado a ser um Perseguidor de Tráfego Aéreo, jamais um Controlador de Tráfego Aéreo.

O candidato é aprovado no processo seletivo e vai ao ICEA fazer um curso, é aprovado, mas chegando em SBPJ tem uma imensa dificuldade para ser homologado. A INFRAERO investe no candidato e SBPJ decide se o investimento foi bom ou não, não é o que vem ocorrendo? Onde está o erro, no processo seletivo, na formação no ICEA ou na homologação em SBPJ?

Este erro não pode existir, pois existindo todos perdem: a empresa e o candidato. A TWR-APP/PJ faz parte da empresa!

Gilberto e eu sempre cobramos do Roberto um plano de instrução para Palmas onde fosse respeitado o que preconiza a ICA 100-18. Assim teríamos critérios de instrução e avaliação rigorosamente definidos e não seriam feitos a partir do afeiçoamento do instrutor(a) ao instruído(a). E o pior: se o(a) instruído(a) questionar... A vaca vai pro brejo!

Compartilhei à Tatiane e à Maryvam, incidentes ocorridos na última Operação Militar, principalmente o ocorrido no final do turno C do dia trinta. Não sei se foram tomadas as atitudes devidas, mas pessoas que estiveram envolvidas nestes incidentes também estavam no incidente do turno em que estavam trabalhando Valeska, Patrícia, Leonardo e Ana Cláudia.

Um dia eu estava conversando com o Wallace sobre isto e a Patrícia, subiu as escadas silenciosamente e ao escutar o que eu falava passou a me agredir verbalmente chegando a fazer ameaças explicitas. Eu questionava o por quê que estas coisa - incidentes - não eram lançadas no LRO.

No incidente envolvendo a Valeska, Patrícia, Leonardo e a Ana Cláudia mais uma vez ocorreu isto. A responsável pelo turno, uma SIPAER,  sabendo da gravidade do incidente, não lançou a ocorrência no LRO. A Coordenadora de Navegação Aérea ordenou ao responsável pelo próximo turno que deixasse espaço em branco no LRO, mas depois de ter deixado este espaço, iniciado o preenchimento e ter sido questionado se esta atitude era ética resolveu não deixar espaços em branco. O relato do incidente foi feito posteriormente no LRO.

A Ana Cláudia foi extremamente pressionada a mudar o seu relatório mas como ela é decidida, resistiu e manteve sua fala inicial. Relatórios como estes são de caráter reservados, no entanto, lamentavelmente, partes de seu relatório é de conhecimento de todos na TWR-APP/PJ. Ela relatou a presença da TV ligada no ambiente de trabalho, prática que todos nós somos testemunhas. Somos testemunhas sim! Eu já trabalhei com o Roberto e ele mesmo subiu a TV! Alguém viu a Tatiane subir e assistir jogos nas Olimpíadas sendo também Coordenadora? Em todas as Reuniões Operacionais este assunto é abordado e assinamos a Ata, não é mesmo?

Então, agora vamos crucificar uma colega para livrarmos a nossa pele? É por isto que perdemos tudo, por não sermos corporativos. Somos fracos, de corpo e de espírito!

Pura hipocrisia!

Ouvi com extrema preocupação colegas afirmarem, inclusive chefes e instrutores: "vou enfiar o tráfego lá e ela que se vire". O "se vire" vai por minha conta, a palavra usada foi outra, mas prefiro assim. Num incidente toda equipe tem sua parcela de culpa e neste não é diferente. Não quero com isto acobertar Ana Cláudia, pois eu mesmo falei para ela sobre o seu erro. Disse ainda que em seu relatório não acusasse ninguém e que assumisse seu erro com evidência.

Neste incidente, eu creio que o único que está isento é o Leonardo por está em instrução. Agora, por que o APP estava fazendo uma separação dentro da área da TWR a cinco milhas? Onde está a coordenação? Houve? Por que a equipe permitiu que este incidente se concretizasse?

Este negócio de meter o tráfego lá e pronto, pode matar!

As atribuições do APP contidas na ICA 100-12 contempla o sequenciamento de Tráfego Aéreo. A TWR precisa receber todo tráfego ordenado, em ordem, enumerado enfim, sequenciado. O não cumprimento desta atribuição é uma infração e deve ser tomadas as medidas cabíveis. Deixo aqui minha sugestão: toda equipe envolvida deve voltar a instrução.

O Conselho Operacional e nós devemos cortar a própria carne caso contrário seguiremos num precipício catastrófico.

"O que é mais assustador em SBPJ é que as diferenças pessoais são decididas no Controle de Tráfego Aéreo". Mauro Araújo.


Gedilson T Lima

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* TWR - Torre de Controle
* APP - Controle de Aproximação
* TWR-APP/PJ - Torre de Controle e Controle de Aproximação Palmas-TO
* SBPJ - Aeroporto de Palmas - Tocantins
* ICEA - Instituto de Controle do Espaço Aéreo
* INFRAERO - Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária
* SIPAER - Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
   Obs.: Na citação "uma SIPAER", faço referência a um elo SIPAER.
* LRO - Livro de Registro de Ocorrências
* ICA - Instrução do Comando da Aeronáutica
* ICA 100-12 - Regras do Ar e Serviços de Tráfego Aéreo
* ICA 100-18 - Licenças e Certificados de Habilitação Técnica

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09 setembro 2010



Tomara que tudo o que temos falado sobre os problemas de gestão no Sistemas de Tráfego Aéreo Brasileiro, nunca venham a ser comprovados.

Transcrição do texto de meu amigo Moisa.

Brasília, 22 de Junho de 2010

Hoje faz, exatamente, 3 anos que eu e mais 13 controladores de tráfego aéreo estamos afastados do ATC.

Profissionalmente, nada faço desde então. Estou alocado num trabalho no qual me recuso a atuar, pois considero ser assédio moral, abuso de autoridade e, até, crueldade expor à obsolescência profissional tantas pessoas preparadas ao trabalho, mas foi o que fizeram com os controladores de tráfego aéreo que ousaram criticar o Sistema de Controle do Espaço Aéreo. É, no mínimo, desumano, ato covarde e de gente de cabeça pequena, com ausência de inteligência, inclusive.

É isto! Não comemoro esta data, mas não a esqueço, pois estamos em luta contra pessoas inescrupulosas, covardes e burras, pois comprometem a vida de muitos inocentes opr causa do orgulho, da ganância e da manutenção do conforto institucional de obter fartos recursos públicos.

Bem, como bem escreveu Fernando Pessoa, Viver não é preciso!

No final, a verdade mais pura irá prevalecer!

Brésil, Juin 19, 2010.
Je suis vide de moi-même ....
Embrayage la déception ...
Je suis déçu



"O maior crime da humanidade é o que sufoca e mata o talento, o que inibe a iniciativa, o que impõe força desmedida e injusta...".


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25 novembro 2008


A verdade sobre a crise aérea brasileira

25 fevereiro 2008

Existe algo mais vergonhoso e asqueroso do que a covardia?

Brincar de administrar, gerir, governar...
O próximo acidente está escrito, desenhado.
Quem sabe, ele não levará consigo covardes?
O triste é que também levará guerreiros e inocentes.
Guerreiros e inocentes que foram e são controlados por covardes.

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Nota de Repúdio transcrita do site da ABCTA (Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo) - Data: 25/02/2008

A ABCTA repudia a entrevista dada pelo Ministro da Defesa Nelson Jobim ao Valor Econômico.

Resumir toda demanda do Controle e dos Controladores de Tráfego Aéreo a única e exclusivamente a questão salarial é ignorar todos os argumentos apresentados pela classe, onde a questão salarial é apenas uma entre várias demandas, porém, nunca foi apresentada como a principal.

O salário recebido por um Controlador de Tráfego Aéreo brasileiro é vergonhoso, porém é mais vergonhoso o tratamento dispensado a ele pelas autoridades brasileiras.

A ABCTA preocupa-se com a segurança de quem voa e de quem controla!

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23 julho 2007

Autoridades brasileiras se irritam com sugestão internacional

O Portal de Notícia da Globo

Presidente da Infraero se irrita com sugestão de intervenção internacional

“São uns imbecis querendo se meter", reagiu. Para José Carlos Pereira, será preciso "cortar na própria carne”.
No máximo em nove meses uma vida humana depois de gerada vem ao mundo, nasce. Dez meses não é tempo suficiente para construir, ou se quer conceber, um novo modelo para o Sistema Controle de Tráfego Aéreo Brasileiro? O que é mais complexo?

O Brasil tem condições técnicas para resolver os seus problemas aéreos. O que não temos é vontade política, independentemente de política partidária. Os controladores de tráfego aéreo são autoridades quando o assunto é tráfego aéreo, mas as decisões executivas não estão em suas mãos, mas sim nas mãos dos politiqueiros.

As autoridades brasileiras, por vezes autoridades politiqueiras, ficam com dorzinha de cotovelo quando organismos internacionais dão sugestões para evitar que vidas humanas continuem perecendo. Amparam-se dentro da couraça do nacionalismo quando são de seus interesses, esquecendo que em outros setores, em outras circunstancias, participam com estes mesmos organismos de um mundo globalizado.

O primeiro passo para corrigir um erro é admitir este erro! Ao contrário, autoridades brasileiras tentam a todo custo desqualificar organismos internacionais como a IFATCA (International Federation of Air Traffic Controllers' Associations) para que suas “verdades” sejam estabelecidas e respaldadas.

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15 julho 2007

DESMILITARIZAÇÃO

Meu companheiro, é claro que você pode publicar. E pode também contar com todo o meu apoio nessa causa nobre.

Gedilson, obrigado pela consideração em pedir meu consentimento.

Um abraço fraterno e que tenhamos sucesso!
NEY DUBOURCQ ARAUJO
Por mais que as autoridades queiram desviar as atenções ou "cobrir o sol com uma peneira", o parâmetro principal para a solução ou, no mínimo, uma real otimização da Proteção ao Vôo (não só do Controle de Tráfego Aéreo) no Brasil continua sendo a DESMILITARIZAÇÃO do sistema.

O Controlador de Tráfego Aéreo não é culpado por se ver colocado numa condição que o convoca a desempenhar, simultaneamente, duas funções diametralmente opostas: a técnica e a militar. Para a primeira, o técnico foi preparado para dar instruções e autorizações, as quais, em nosso caso, têm uma conotação determinativa. Para a segunda, o militar – de graduação e não de patente, na presente consideração - foi moldado para cumprir ordens, sem questionamentos. Além dessa ambigüidade, o fato de os órgãos de tráfego aéreo, pelo menos a maioria daqueles onde é maior a densidade ocupacional, serem operados por militares graduados condiciona a função de chefia à patente prevista para exercê-la. E – a população civil e a mídia não conhecem essa realidade interna - disso resulta um fato gravíssimo, que corrói a capacidade criativa que deve nortear a Proteção ao Vôo: o oficial que exerce a chefia de um órgão prestador de serviço de tráfego aéreo nem sempre é o mais capacitado para tal, confundindo-se o conceito de comando com o de gerenciamento, além de justificar o aforismo "militar manda pelo que é e não pelo que sabe".

Como outros companheiros, eu tive inúmeras e tristes experiências em conseqüência dessa antítese à mais elementar conceituação de progresso.

As autoridades do setor costumam argumentar que, gradativamente, a proteção ao vôo está saindo das mãos de militares, apontando para o fato de que a Infraero, empresa civil, vai, aos poucos, assumindo a administração e a operação do sistema. Verdadeira ou não a argumentação, deve-se ter em mente que a cúpula administrativa da citada empresa é ocupada por militares inativos: a presidência por um brigadeiro e os cargos de confiança por coronéis, majores etc., sem mencionar os de menor projeção. Resultado: é aposentado o quepe, mas a cultura de comandante e oficiais assessores para a condução e punição de praças, aplicada com relativo êxito nos quartéis, continua no serviço ativo, em detrimento da universalmente consagrada política gerencial, esta aplicada com sucesso no mundo civil moderno.

Fui militar da ativa durante 30 anos e posso assegurar que nada tenho contra meus companheiros de farda, graduados ou oficiais, ativos ou inativos. Sou contra, isso sim, a assunção de funções essencialmente civis por homens de caserna.

NEY DUBOURCQ ARAUJO
Controlador de Tráfego Aéreo – Licença nº 1.602
1º SGT RFM

Este texto é de um companheiro CTA respondendo a um tópico que abri no Orkut com o título: Afronta ao Povo Brasileiro. Obrigado Ney, por escrever estas linhas e permitir que eu as publicasse aqui!

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13 julho 2007

O seqüestro do Vasp 375 em 1988

Este seqüestro acorreu há algumas semanas após minha chegada ao CINDACTA I (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) e naquele alvoroço todo no ACC (Centro de Controle de Área), vi lá no fundo uma console RADAR sem ninguém e fiquei por lá acompanhando o andamento das coisas. Lá pelas tantas o Ministro da Aeronáutica, Moreira Lima e alguns oficiais se dirigiram para onde eu estava, puxaram algumas cadeiras, sentaram e começaram a pedir que eu fizesse alguns procedimentos como verificar distancias, estimados...

Um seqüestro pra quem já está no sistema há anos é marcante e inesquecível, imagine pra quem acaba de chegar!

Após o desfecho permaneceram ali por mais algum tempo conversando. Falaram sobre algumas coisas e uma delas foi sobre a grande evasão, a rotatividade de Controladores, então o Ministro disse: "sabemos que o problema é o elevado perfil psicológico, mas isto já esta resolvido, pois vamos ter Controladores de todos os tipos de perfis psicológicos possíveis, inclusive infantes!". Deram uma gargalhada! Isto nunca saiu de meus ouvidos, é como se eu estivesse escutando isto sempre!

Coincidência ou não, algum tempo depois era grande quantidade de novatos que não tinha o perfil de um CTA (Controlador de Tráfego Aéreo). Era fácil perceber isto!

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12 julho 2007

Este vídeo monstra o poder de um grupo unido!



FEBRACTA
Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo

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Qualquer CTA que está na ativa pode ser o próximo!

De nada adianta o medo de represálias, pois outro sinistro pode ocorrer a qualquer momento e novamente vão tentar jogar a peteca para a ponta mais fraca. Qualquer CTA pode ser pego de surpresa e cair nas armadilhas geradas por causa das precariedades gerenciais do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

Precisamos ter consciência do poder de espaços reais ou virtuais que tenhamos para abrirmos a boca no mundo, com diplomacia e inteligência, mostrando os verdadeiros responsáveis que ao longo de vários anos vêm praticando um modelo de gestão errado, sem fiscalização íntegra alguma, pois a fiscalização existente vem de dentro do próprio sistema.

Dolo
do Lat. dolu
s. m.,
fraude;
astúcia;
engano;
logro;
má-fé;
acto consciente com que alguém mantém ou induz outrem em erro;
atitude voluntária de um indivíduo com o objectivo de prejudicar outro.

Houve dolo? Claro que houve dolo!

Não é exatamente isto o que os gestores deste sistema vêm praticando ao longo de vários anos? Eles têm o conhecimento, são conscientes! Será que estou certo? Conscientes? Então há dolo sim, mas não por parte dos que estão na ponta deste sistema, mas pelos seus gestores! Por que será que os Oficiais do Clube da Reserva da Aeronáutica saem por aí gritando para tentar impor as suas “verdades”? Os frutos deste sistema que colhemos hoje é o resultado da gerência destes senhores!

Se não houver união será fácil para os verdadeiros responsáveis continuar agindo impunemente e imputar os seus dolos a outrem. Quem sabe se no próximo sinistro aéreo dentre os envolvidos não estará você e eu?

O dolo de qualquer CTA é ser Controlador de Tráfego Aéreo!

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10 julho 2007

Aqui no Brasil ou em qualquer lugar do mundo pode ocorrer um fato semelhante ao 11 de setembro.

O 11 de setembro, não foi e não é um problema de Controle de Tráfego Aéreo e sim de Defesa Aérea, mas impossível de ser evitado devido a perspicácia e audácia de seus mentores juntamente com a questão religiosa capaz de conduzir e forjar pessoas com a coragem e determinação para executar tal plano. Acredito que a quarta aeronave foi abatida por ter tempo hábil para isto, por isto eu não creio em supostos bravos passageiros.

Não existe segurança 100%, pois ela está sempre girando em torno disto. Quem conhece “O príncipe” de Maquiavel sabe que se uma pessoa perspicaz e audaciosa decidir atingir um príncipe, conseguirá. É só uma questão de tempo.

Se alguém com habilidades de pilotagem, render uma tripulação nos momentos em volta de uma decolagem ou de um procedimento para pouso e decidir enfiar esta aeronave em um prédio público ou em um outro alvo num diâmetro em volta desta aeronave de umas 40 milhas ou um pouco mais, não existe Defesa Aérea de qualquer país que consiga interceptá-la a tempo. Uma interceptação seria possível se houvesse caças sobrevoando estas áreas constantemente.

Dizer que o modelo brasileiro como é constituído cada CINDACTA (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) evitaria um 11 de setembro pelo simples fato de ser integrado é uma balela, uma mentira!

Tomara que minhas palavras nunca sejam provadas na prática.

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29 junho 2007

Afronta ao povo brasileiro!

O Brasil está pagando e pagará um preço muito caro por causa da audácia do Comando da Aeronáutica ao tentar a qualquer custo desqualificar as falas dos Controladores que denunciam as más condições do Sistema de Controle de Tráfego Aéreo Brasileiro. Estas tentativas são para encobrir os verdadeiros responsáveis pelo caos aéreo: as autoridades do setor que praticaram e praticam um modelo de gestão errado.

Como se não bastasse tentam também desqualificar a IFATCA (Federação Internacional das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo), organismo internacional que representa mais de 50.000 Controladores de Tráfego Aéreo em 130 países. A representatividade e autenticidade da IFATCA são reconhecidas pela ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional) e a EUROCONTROL (Organização Européia para Segurança da Navegação de Aérea). A ICAO é um organismo especial da ONU (Organização das Nações Unidas) do qual o Brasil é signatário.

A prisão do presidente e vice-presidente para o centro-oeste da FEBRACTA (Federação Brasileira das Associações de Controladores de Tráfego Aéreo), Carlos Trifílio e Moisés Almeida, por expor em entrevistas as más condições deste sistema, bem como o afastamento de Controladores do CINDACTA I (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) de suas devidas funções, deixa ainda mais claro a incompatibilidade existente entre a vida militar e o Controle de Tráfego Aéreo civil.

Um dos principais requisitos no perfil de um Controlador de Tráfego Aéreo é ser líder, portanto se não houve erros na seleção dos Controladores de Tráfego Aéreo brasileiros, somos quase 3.000 líderes. Seremos todos presos?

Esta é a era da Informação e neste modelo não há espaço para a persuasão manipuladora e antidemocrática.

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16 novembro 2006

Tecnologia da Informação impõe um novo modelo democrático.

A Tecnologia da Informação está impondo um espaço democrático. Graças a Internet e a ferramentas como MySpace, Orkut, YouTube, Blogs e outras maravilhas, numa velocidade incrível, o mundo está indo rápido para novos destinos, pois a Informação atinge toda a terra numa fração de tempo e isto não tem volta.

Não precisamos mais mendigar para colocar uma nota num jornal, falar ao microfone de uma Organização, Igreja, Rádio ou TV, pois hoje cada um de nós pode ter isto dentro de nossa casa; ter nosso jornal, nossa rádio, nossa TV, nossa “media” para denunciar, explicar, reivindicar, pedir desculpas, boicotar, atuar e não somente assistir passivamente. Precisamos interagir!

Esta é a era da Informação e neste modelo não há espaço para a persuasão manipuladora e antidemocrática. O coronelismo e os filhotes da ditadura usam práticas totalitárias, fascistas e nefastas para se estabelecerem no poder, mas estão com os dias contados, inclusive os de dentro das igrejas.

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